Biblioteca Bainha: Já Matei Por Menos

Como vocês – que eu imagino que sejam antenados – já devem ter lido em várias matérias, o blog super legal da jornalista Juliana Cunha, o Já Matei Por Menos, virou um livro. É o segundo lançado por ela, que estreou no mundo literário com o Gaveta de Bolso (leia sobre neste post).

Dessa vez, ela se uniu à nova da editora Lote 42, que traz como sua proposta principal lançar livros que criam conexões com o mundo digital e lançam mão de diversas plataformas, são multimídias. Sendo assim, a obra entra neste conceito da editora não apenas por ser uma reunião de 70 posts do blog, como também por ter versões impressa e em ebook, conteúdo extra disponível em um site e histórias do seu bastidor compartilhados nas redes sociais.

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O critério usado para selecionar os textos publicados foi a relevância – ou seja – aqueles que sacudiram mais os comentários com boas discussões. Eu imagino como deva ser difícil fazer isso no meio de tanta coisa bacana (e polêmica). Sou fã do blog, que lia antes mesmo de conhecer a Juliana pessoalmente, quando ela trabalhava com as meninas do Oficina de Estilo.

O que me fez gostar do Já Matei Por Menos foi justamente a coragem em dizer sua opinião sobre as coisas de uma maneira inteligente, muito bem escrita e com humor. Ela criou algumas polêmicas sim, mas eu amo polêmica bem feita porque é assim que o mundo gira. Minha identificação foi imediata e a admiração pela sua escrita também, mesmo que não tenha concordado com sua visão inúmeras vezes (nem sempre entrei no debate nos comentários, mas debatia comigo mesma, hahaha).

Mas é isso que as pessoas não conseguem entender na vida: que admiração não tem nada a ver com a concordância nos mesmos assuntos, ficam ofendidas com a discordância, com a opinião contrária, como adolescentes mimados.  Abrir nossa opinião para o mundo pode ser muito mais expositivo que esplalhar nossos sentimentos mais íntimos aos sete ventos ou ficar narrando a vida no Facebook. Mas desculpem, se isso é se expor, então eu sempre serei um livro totalmente aberto. Já me estrepei muito por causa disso e continuo me estrepando, mas não ligo porque não consigo mudar minha personalidade reflexiva e crítica sobre as coisas, e minha vontade incontrolável de trocar essas ideias com as pessoas – e imagino que a Juliana também. O que incomoda é a dificuldade das pessoas em ouvir opinião contrária. Se sua opinião gerar um debate, que bom porque discordâncias inteligentes não são barracos. Barraco é baixaria, é falta de argumento!

Ok, ok, eu divaguei muito agora, mas tudo para dizer que espero que esses ótimos textos reflexivos ganhem ainda mais leitores com o lançamento do livro. Que venham muitos!

Para quem ficou curioso, o livro é vendido na loja Endossa do Centro Cultural São Paulo e no site da editora: lote42.com.br.

Ps.: a ilustração da capa é assinada pelo artista Laurindo Feliciano, cujo trabalho achei tão legal que vai virar o próximo post.

3 comentários em “Biblioteca Bainha: Já Matei Por Menos”

  1. Conheci seu blog hj, li seus textos, as imagens, Marie Desbons … adorei! Um pouco de muita coisa interessante ao nosso redor, muito bom.
    Um abraço,
    bom domingo!

    Adriana

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